só
que a poesia me encontre
no abandono do silêncio,
ponto cardeal desconhecido,
presumido entre o cais e o sul.
eu hei de esperar sozinho.
se doida,
não me importa.
que a poesia venha coxa.
e entre os umbrais
verborrágicos do meu dia,
me toque a boca com a ponta da palavra.
cara de fernando diegues
palavra de victor valente
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