quinta-feira, 29 de julho de 2010

prolongamento


no tempo em que as festas não acabavam
os risos se enfeitavam feito pássaros.
a alegria se arrastava na longa preguiça
dos afetos
e o amor era uma espécie de descanso.

minha irmã, ao pé de tudo,
inundava a casa de sabores
e olfato.

canta lá mais uma vez esse refrão!
e a vida ia, carinhosa.

houve um tempo em que as festas aconteciam
e ninguém se culpava por isso.
tempo de suores sem remorso.
da gente resmungando de saudade.

cara de fernando diegues
palavra de victor valente

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