quinta-feira, 13 de janeiro de 2011




a roda da fortuna

o que quer de mim essa mulher
serpente que me percorre o asfalto?

feita de memória,
me chegou pela manhã.
abriu-me as portas e o sorriso
e partiu.

não disse nada que não fosse
besta.
não trouxe nada que não fosse
festa.

a mulher do meu passado
pintou a cara de louca,
quebrou a casa,
rasgou-se toda e foi embora,
cantando entre canteiros.
inadvertidamente nua.

 
cara de fernando diegues
palavra de victor valente

2 comentários:

  1. Olá, encontrei o seu blog na comunidade dos blogueiros literários. E te digo uma coisa: Precisava ler algo assim hoje. Muito bom, Fernando.
    Seguindo.
    http://ariannecarla.blogspot.com

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  2. UAU... q lembrança forte

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