quinta-feira, 7 de julho de 2011


imperfeito


havia uma criança que
vez em quando batia à porta,
um jeito de esperar correr
e ouvir o passo meigo na escada.

havia a festa
e uma alegria mentirosa,
disfarçada de descanso.

havia um rio que corria sobre nós
e que falava amor e pedra e sapo.

havia um tempo de beijar os dedos:
nós fazíamos promessas
e o passado não doía.





cara de fernando diegues
palavra de victor valente

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