quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

sentimento mínimo
 
quero me misturar na espuma
até perder da carne a consistência,
dissolver-me em água
e ser soprado pelo asfalto.
 
quero brincar de bolha que eclode
e andar disperso,
aroma que rabisca o vento.
 
em todas as histórias, um mar de nomes e sereias,
balas de festim que ardem na expressão do estampido.



cara de fernando diegues
palavra de victor valente

Um comentário:

  1. Nú com a minha lâmina
    Dispo-me de minha carne...
    Um silêncio rugidor de latido de cão
    Reverberando noite afora...

    Os escombros rodeados
    Do presente vivo do passado...

    Meu corpo
    Nauseante, cambaleante,
    Embriagado de lua
    E a luminosa face contorcida,
    Ébria sobre o toque da navalha fria
    Que delicadamente faz a barba
    Esbranquiçada pelos anos...

    Um pensamento perpassa
    Guardado na memória
    Como numa gaveta fechada a chave:
    Tudo o que fui
    E o que não pude ser...
    Tudo o que fiz
    E o que deixei de fazer...

    ResponderExcluir