memória auditiva
quando amanhã for frio
e não mais a brisa reavivar a espera - morna,
há de chegar de volta o tempo d'eu menino.
há de chegar de volta em olhos plácidos,
de uma sadia sonolência, agora ausente.
ignorando os honorários
e os dispensáveis compromissos do trabalho.
um ser latente admirava tudo isso!
virá, eu sei,
ignorante de qualquer merecimento,
ou culpa.
dos fatos que tornam qualquer vida besta
e irresistivelmente única.
o frio que aproxima a voz do fogo,
mais ancestral que o corpo,
mais ancestral que a bruma.
em nós, a pequenez
em cada bater de dentes.
cara de fernando diegues
palavra de victor valente
Nenhum comentário:
Postar um comentário