segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ao poeta, sua sina

dorme o poeta sob o véu da noite.
lá fora, os cães
vigiam a propriedade.
repousam as senhoras,
a mobília
           e o tédio.
um gato rasga a rua
e mia.
não o poeta.
do interior da cidade,
ele costura outra vida
de sonho.
os versos que pela manhã
acordarão as crianças.


cara de fernando diegues
palavra  victor valente

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