segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

dialética

ao sentar-me nesta cadeira
feito um funcionário,
deixo aquilo que me é mais caro.

ao olhar para fora
a pensar na mulher que demora,
sem, entretanto, ir ao seu encontro,
traio em mim aquilo que me deixa tonto.

na textura sutil do corpo,
ela diz,
a vida se desenha.

e eu penso que sim,
que o corpo está para a vida
como o vinho está para o copo.

cara de fernando diegues
palavra de victor valente

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