segunda-feira, 18 de abril de 2011

locus amoenus

as sopas de feijão
da minha avó
inventaram a minha infância.

lembro dela ao fogo,
quieta,
a pele bonita e morena
contornada por cabelos negros,
lisos.

minha avó fazia a sopa
feito quem reza;
e não é de estranhar que rezasse.

emsimesmada de vida,
amava nos gestos.

toma, meu filho,
que a sopa tá pronta.

e ria com olhos
de criança que come.

e eu comia.



cara de fernando diegues
palavra de victor valente

Nenhum comentário:

Postar um comentário