segunda-feira, 21 de maio de 2012

asa

nem todos os caminhos se constroem em linha reta,
nem toda linha reta se revela sob a forma de caminho.

andar, porque é preciso.
por sobre a forma inexata dos poemas,
o orvalho.

andar, que a vida é vaga.
dedos como asas vistando o amanhecer
das horas.

andar, a vida pede!
é água passeando pela cara
os passos de tão dura caminhada.

andar
        o
        passo
               exato
  descendo
rio
    abaixo
            na tontura.

toda forma de andar,
                              que o vento leve.
                                                      toda forma de andar,
que o vento cura.



cara de fernando diegues
palavra de victor valente

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