segunda-feira, 22 de novembro de 2010


comum de dois

 
deixa-me morrer na tua cor
vermelho enigma.
deixa-me gozar dos teus andrógenos
mistérios,
provar dos teus venenos.

fêmea prudente e forte das ambulâncias,
moça discreta das salas de cinema.

varão cor de bandeira, sangue e dúvida,
vida e morte em olhos de malícia.

eu imploro.

mostra-te, coração,
inteiramente nua.
batendo no meio da rua,
gritando desvairada de desejo.


Cara de Fernando Diegues
Palavra de Victor Valente

2 comentários:

  1. Fazer o quê?
    RsrsrsrS
    No domingo passado estive no Xêpa Literária, representando esse blog, já que os moços são trabalhadores/ocupados. Evento maravilhoso, explosão de palavras ritmadas em cores e muita folha de papel e/ou papelão criando vida.

    Ahhh, tbm têm varios elogios p/ vc's e provavel novos frequentadores desse espaço.

    De repente, uma mocinha, pequena Camilinha, aparece em minha frente c/ uma cesta de balas-de-coco poéticas e o trecho da poesia que pego diz bem assim:
    "(...)é meu e dela,
    ambos grávidos de perdão.
    grávidos do amor que demonstramos em silêncios
    perceptíveis ao olho nu.(..)."

    XD
    Pois é não adianta tentar fugir de vc's!

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  2. Sensacional Tai! Não tive como não rir de uma "coincidência" dessas! Que bom que a Xêpa foi um sucesso! Ficamos felizes de fazer parte desse processo, graças ao seu "apoio logístico" (rs)e toda da galera que organizou a Xêpa!

    E continuemos grávidos de amor...amor nem sempre demonstrado em silêncios..um abraço!

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